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“Escreva o que você conhece” é uma máxima antiga. Durante os últimos 11 meses conheci ansiedade, medo, viagens emergenciais de avião, cirurgia, mais cirurgia, cirurgia de emergência, mais uma cirurgia de emergência, infecção, infecções que ocorreram enquanto ainda tomava antibióticos para a infecção anterior, não-cicatrização de feridas cirúrgicas, mais cirurgias e, não menos importante na minha ladainha de auto-piedade, trocas de curativos duas vezes por dia para feridas que não desaparecerão.

Em tudo isso, Deus tem trabalhado, incentivando-me a “correr, com perseverança, a carreira que me está proposta” (Hb 12.1). Se puder glorificá-Lo diante de uma tão grande nuvem de testemunhas (na maior parte invisível), então serei privilegiada por ter recebido esta tarefa. Mas desejei que isso terminasse, também. Nunca havia entendido plenamente o sofrimento por trás do par de orações “passa de mim este cálice” e “seja feita a Tua vontade”.

Salmo 34

Desde que fui hospitalizada, quase no início do mês de outubro, e dali por diante, tenho lido e re-lido os Salmos. Há um salmo que escolhi para memorizar, o salmo 34. Era meio que óbvio. O verso 3 deste salmo foi o que Tim e eu escolhemos para gravar dentro das nossas alianças de casamento, mais de 40 anos atrás. “Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome” soa como um verso agradável para duas pessoas que se casam e vão junto para o ministério. 

Memorização é uma ótima maneira de meditar sobre uma parte da Escritura. Você saboreia as palavras, vê as conexões e pergunta: “Por que isso, por que aqui?”, em relação a uma palavra ou a uma frase que poderia ter sido lida de qualquer jeito e sem se prestar muita atenção. Ao tentar memorizar o Salmo 34, notei algumas coisas.

Ânimo Para os Aflitos

Primeiro, os sofrimentos do salmista são destinados a encorajar outras pessoas aflitas. Quando ele buscou a Deus durante os períodos de ansiedade e medo (versículos de 4 a 10) Deus o livrou, o salvou de todos os seus problemas, protegeu-o, a ponto dele poder dizer “não me faltou nada”. Esse tema continua nos versículos de 17 a 20, onde parece que o salmista está nos dando uma promessa geral de que Deus sempre nos livrará dos nossos problemas, nos confortará quando estivermos com o espírito oprimido e o coração quebrantado, e nos protegerá do mal.

Mas espere um pouco. O versículo 20, onde o salmista diz: “(Deus) Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado” é uma profecia messiânica. Ele é citado no relato do Evangelho de João sobre a crucificação de Jesus, quando os soldados não quebraram as pernas de Jesus para apressar Sua morte, porque Ele já estava morto. João diz no 19.36: “E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado”.

Salvos pela Ressurreição 

Minha primeira reação ao perceber essa conexão foi de perplexidade. Tudo bem, nenhum de Seus ossos foi quebrado, mas Ele foi crucificado! Ao que me consta, isso não garante que seremos protegidos de alguma coisa ruim. Mas quando se trata de meu entendimento em contraste com as Escrituras, sei que há sempre algo faltando em mim. Os ossos de Jesus não foram quebrados, mas Ele morreu uma morte dolorosa e horrenda. Deus não O salvou disso. Mas a proteção de Deus a Jesus estendeu-se para além da sepultura. Ele foi ressuscitado dentre os mortos.

Siga a idea, Kathy, não perca o raciocínio. Embora Deus possa não te proteger de cada coisa ruim que venha a acontecer, tenha que acontecer ou que poderia acontecer com você, em última instância, pela ressurreição, você está salvo. Passarei pela morte e sairei do outro lado totalmente curada, restaurada, salva e protegida. Deus não nos protege de coisas que nos prejudicam, Ele nos protege enquanto passamos por elas, para o outro lado da ressurreição, onde estão nossas verdadeiras esperanças e nossa felicidade. Este é um pensamento em que posso me agarrar.

 

Nota do Editor: Este artigo foi publicado originalmente no boletim da igreja Redeemer, uma publicação mensal da Igreja Presbiteriana Redeemer, na cidade de Nova Iorque. 

Traduzido por Mariana Alves Passos.

Is there enough evidence for us to believe the Gospels?

In an age of faith deconstruction and skepticism about the Bible’s authority, it’s common to hear claims that the Gospels are unreliable propaganda. And if the Gospels are shown to be historically unreliable, the whole foundation of Christianity begins to crumble.
But the Gospels are historically reliable. And the evidence for this is vast.
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