×

Jesus Veio Por Aqueles Por Quem Ele Veio

21 de dezembro de 2016

O Antigo Testamento nos prepara para a manhã de Natal. Todo ele o faz. E o Novo Testamento começa com uma genealogia que está repleta de importância para nossas vidas.

A árvore genealógica de Jesus não é simplesmente uma lista de nomes para lermos por cima e chegar à “substância” do evangelho e nem a história de Israel que vem antes dela. Em vez disso, a genealogia de Jesus nos oferece uma visão panorâmica da promessa ativa e histórica de Deus, que nos fundamenta em nosso passado, nos solidifica no presente e nos catapulta para o futuro. 

Preparando O Caminho para um Rei

Mateus lista estes nomes deliberadamente, com a promessa do Messias em mente. Na verdade, sua genealogia não é tanto uma lista estática, mas são ingredientes de um grande drama. Nomes como Abraão nos lembram que a linhagem de Israel foi salva com o nascimento extraordinário de Isaque. Do famoso Davi ao desconhecido Eliaquim, a genealogia desdobra e revela o drama da redenção de Israel.

Além disto, há a inclusão incomum de mulheres. As mulheres mencionadas são, em graus variados, marcadas pela promiscuidade e pobreza. Tamar, disfarçada de prostituta, dormiu com o seu sogro Judá. Raabe, possivelmente uma prostituta, escondeu espiões israelitas em Jericó porque confiou no poder de Deus para salvar. Rute, uma moabita, foi proibida de entrar na família de Israel, até que Boaz se casou com ela. Bate-Seba, simplesmente listada como “a mulher de Urias,” cometeu adultério com o rei do lugar. E Maria, a mãe de Jesus, foi desprezada por estar grávida e solteira. 

Estes homens e mulheres representam as pessoas de quem Jesus veio, e as pessoas por quem Jesus veio. Jesus não veio de realeza honrada. O Filho de Deus escolheu entrar nesta linhagem familiar específica, sabendo muito bem da sua desobediência e pecado. Bryan Stevenson, um autor e advogado que trabalha com os encarcerados, muitas vezes diz: “Você é mais do que a pior coisa que você já fez”. O nascimento do Salvador ao final desta árvore genealógica, anuncia o sentimento na sua forma mais verdadeira: Você é mais do que a pior coisa que você já fez. O seu pecado é grande, mas o amor de Deus por você é ainda maior.

A genealogia de Mateus nos dá, nome trás nome, aqueles que foram usados intricada, propositada e imperativamente ao longo da história para promover a linhagem que preparou o caminho para Jesus. É uma lista de pessoas reais, todas pecaminosas, algumas fiéis, que suportaram as provações e vales, e moldaram o curso da história de Israel, trazendo-nos até a porta do nascimento virginal.

O contexto da promessa faz com que deixemos de penar lendo o Antigo Testamento e lendo passivamente a lista de Mateus para que fiquemos ansiosos por lê-los. Por causa de Jesus, não podemos olhar para as Escrituras que o precedem, da mesma forma novamente. Como o teólogo Todd Billings observa:

À luz do evento de Jesus Cristo, o Antigo Testamento assume uma importância nova e imprevista. . . . Jesus não era apenas um grande mestre, nem era só Deus com membros e uma boca. Em Jesus, toda a história de Israel, e através de Israel a da humanidade, foi recapitulada ou viveu novamente.

Mas, desta vez, aconteceu perfeitamente. 

Aguardando o Retorno do Rei 

Devemos entender o alcance dessa promessa nas nossas lutas atuais também. Assim como os israelitas esperaram por seu rei em um mundo sombrio e pecaminoso, nós também esperamos. Na verdade, essa espera vem com dor e incerteza. Em As Duas Torres, Sam e Frodo estão no meio de sua missão improvável para salvar a Terra Média. Em um momento de grande desespero, Frodo diz que não consegue mais continuar. Sam responde:

Eu sei. Está tudo errado. Por direito, não deveríamos nem estar aqui. Mas estamos. É como nas grandes histórias, Sr. Frodo. Aquelas que realmente tinham importância. Eram repletas de escuridão e perigo. E às vezes, você não queria saber o fim. Porque como poderiam ter um final feliz? Como poderia o mundo voltar a ser como era depois de tanto mal? Mas, no fim, essa sombra é só uma coisa passageira. Até a escuridão tem que passar. Um novo dia virá. E quando o sol brilhar, brilhará ainda mais forte. Eram essas as histórias que ficavam na sua lembrança. Que significavam algo. Mesmo que você fosse pequeno demais para entender por quê. Mas acho, Sr. Frodo, que entendo sim. Agora eu sei. As pessoas dessas histórias tiveram várias oportunidades de voltar atrás, mas não voltaram. Porque tinham no que se agarrar. . . . . Existe algum bem nesse mundo, Sr. Frodo. E vale a pena lutar por ele.

Aquilo do que Sam fala, são como os heróis e heroínas do Antigo Testamento, a grande nuvem de testemunhas que vieram antes de nós. E por causa de Cristo, juntamo-nos a eles como testemunhas. Seu nascimento torna completo o curso da história de Israel e a nossa. Ele confirma as histórias de cada nome que ajudou a trazer ao mundo Aquele com o maior dos nomes: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is. 9.6).

Neste Advento, podemos ler a genealogia de Mateus com antecipação inabalável porque sabemos quem vive ao seu final. Sabemos quem viveu naquela primeira manhã de Natal, e quem viveu naquele primeiro domingo de Páscoa. E sabemos que um novo dia está chegando, quando o sol brilhará ainda mais forte (Ap. 21.23).

Traduzido por Mariana Ciocca Alves Passos

Is there enough evidence for us to believe the Gospels?

In an age of faith deconstruction and skepticism about the Bible’s authority, it’s common to hear claims that the Gospels are unreliable propaganda. And if the Gospels are shown to be historically unreliable, the whole foundation of Christianity begins to crumble.
But the Gospels are historically reliable. And the evidence for this is vast.
To learn about the evidence for the historical reliability of the four Gospels, click below to access a FREE eBook of Can We Trust the Gospels? written by New Testament scholar Peter J. Williams.
LOAD MORE
Loading