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Tenho dois filhos super doces e agitados (mas sou suspeita para falar). Óbvio que estou deixando de fora as várias lutas da maternidade, mas nós nos damos bem. E quando digo agitados, quero dizer insanos. É escutar, conversar, abraçar, separar brigas e limpar bagunças sem parar. Eles são novos, então ainda tenho muito trabalho pela frente. É fácil notar porque muitas mulheres que estão ocupadas em casa e no trabalho simplesmente não conseguem pensar em mais coisas, como os assuntos do momento.

Porém eu gostaria de encorajá-la a se envolver, e não apenas isso, mas se inteirar sobre o que está acontecendo em áreas como injustiça e reconciliação racial, ISIS e outros eventos atuais. Não pretendo aumentar o seu fardo. Pelo contrário, gostaria de mostrar as razões pelas quais você pode se envolver, sem te afastar do que você já está fazendo.

Mulheres da Igreja

Pesquisadores têm observado que as mulheres frequentam mais a igreja do que os homens. Servir o corpo de Cristo, então, deve incluir estar cientes do mundo ao nosso redor, pois o que está no mundo, na verdade, afetará a igreja.

David Mathis sugere que os cristãos invertam o ditado popular “no mundo, mas não do mundo” para “não do mundo, mas enviado a ele”. Mathis usa a oração sacerdotal de Jesus para defender seu ponto:

Note que para Jesus o “não ser do mundo” não é o ponto final nestes versos, mas o ponto de partida. Não é o destino para onde as coisas se movem, mas de onde as coisas se movem. Ele não é do mundo, e começa dizendo que Seus seguidores não são do mundo. E isso está indo para algum lugar. Jesus não está juntando o time para mais um incentivo, mas para que possamos executar a próxima jogada e avançar a bola pelo campo. Veja João 17.18: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”. E veja também a oração surpreendente do versículo 15: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.”

Corremos constantemente destas questões complicadas porque elas parecem muito difíceis de resolver enquanto cuidamos da roupa suja. Parece que é melhor deixar isso para os engajados em justiça social, para os pastores ou até mesmo para a mídia. Outros podem simplesmente ter medo de se envolver, essas questões parecem ser muito incômodas. Como podemos ser enviadas ao mundo quando há uma criança chorando pelo leite derramado no canto da sala? Como podemos estar no mundo e não ser do mundo, quando simplesmente ir ao supermercado é um fardo?

Grande Motivador

Eu compreendo, e sinto as mesmas ansiedades. Mas a Grande Comissão me motiva a participar e aprender. Se devo ir e fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.18–20), é válido saber o que se passa nos corações e mentes daqueles com quem me envolvo no parque, no supermercado, na igreja. Não estou dizendo que meus fardos são os mesmos que os dos outros. Mas é importante estar informada para que possa efetivamente me relacionar com os outros, ao mesmo tempo em que também busco compartilhar a melhor notícia que vão ouvir na vida.

Outro motivador é o chamado para amarmos nosso próximo como a nós mesmos. Se meu próximo é da Turquia, de Israel, ou da Nigéria, por exemplo, seria bom conhecer seu contexto, pelo menos para poder fazer perguntas e, se necessário e possível, dar algum conforto. Não temos que ser jornalistas internacionais para amar o nosso próximo. Não temos de saber muito para fazer perguntas, mas temos de nos importar.

 

E se trouxermos, quando apropriado, eventos e temas atuais para a mesa de jantar, ou enquanto lavamos a louça ou durante as brincadeiras? Nossos filhos vão acabar aprendendo sobre essas coisas no playground e na vizinhança, mas não seria precioso acrescentar discernimento espiritual ao que estão ouvindo? E se começarmos a orar por esses eventos atuais, como parte de nossa rotina? Nossos corações começariam a transbordar.

Deixando Mais Fácil

Talvez você entenda a necessidade de estar informada, mas acha a busca por informações muito complicada. A internet está saturada de informações, então como encontrar algo de útil? Aqui estão algumas ideias para você começar: 

Ouça um podcast. Podcasts são uma ótima maneira de ouvir questões relevantes, tópicos e histórias sem muito esforço. Há uma série de podcasts disponíveis, mas talvez o 'The Briefing', com Albert Mohler possa ser um bom lugar para começar. Você também pode experimentar o 'Question and Ethics', com Russell Moore. [N. do R.: Fontes com conteúdo em inglês. Um podcast interessante em português pode ser o Em Poucas Palavras, com o pastor Augustus Nicodemus].

Encontre um canal de notícias. Você não precisa concordar com tudo que a fonte de notícias compartilha, mas isso não significa que não possa encontrar algo de valioso. O Washington Post tem um novo blog, o 'Act of Faith'. Eu também olho as manchetes no site da CNN. Christianity Today e a revista World são recursos maravilhosos também. [N. do R.: Fontes com conteúdo em inglês. Uma revista eletrônica interessante em português pode ser a Teologia Brasileira].

Encontre alguns sites bons. Acho o canal de eventos atuais no The Gospel Coalition e, especificamente, as contribuições de Joe Carter muito úteis, nesta área. A Comissão de Ética e Liberdade Religiosa (EUA) destaca também as notícias e os eventos atuais pela cosmovisão cristã. [N. do R.: Fontes com conteúdo em inglês. Um site em português que poderia contribuir nesse sentido é o Voltemos ao Evangelho].

Esta não é uma lista exaustiva, mas talvez seja um começo. Estamos ocupadas cuidando do que é imediato, mas devemos lembrar do mundo. Dar um único passo pode vir a ser justamente o que o Senhor vai usar quando procuramos servir e amar nosso próximo. A vantagem de estarmos informadas permite que, ao nos depararmos com a notícia desanimadora do momento, nos entristeçamos com esperança no evangelho. Estejamos prontas para dar uma resposta quando ouvirmos os problemas, para que possamos transbordar paz e esperança (1 Pe 3.15). Que estas palavras do nosso Salvador nos tragam conforto: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo 16.33). 

Traduzido por Marq

Is there enough evidence for us to believe the Gospels?

In an age of faith deconstruction and skepticism about the Bible’s authority, it’s common to hear claims that the Gospels are unreliable propaganda. And if the Gospels are shown to be historically unreliable, the whole foundation of Christianity begins to crumble.
But the Gospels are historically reliable. And the evidence for this is vast.
To learn about the evidence for the historical reliability of the four Gospels, click below to access a FREE eBook of Can We Trust the Gospels? written by New Testament scholar Peter J. Williams.
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