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Minha querida irmã em Cristo:

Pensei muito sobre você esta semana, enquanto o mundo, o mundo cristão em particular, explode de indignação sobre as conversas levianas de funcionários médicos da Planned Parenthood sobre o esmagamento de corpos do bebê no útero. Estou me lembrando de você por causa daquele aborto que você fez, antes de realmente se agarrar a Cristo de um modo salvífico, ou talvez mesmo depois. E imagino que cada vídeo que você vê sendo mostrado no noticiário e publicado no Facebook a obriga a se debater mais uma vez, com a vergonha e o arrependimento.

Imagino que deve haver um dia no calendário que a cada ano a faz lembrar daquele dia em que entrou naquela clínica e depois saiu, deixando para trás um pedaço de si mesma. Deve ser um dia em que você quer se esconder do mundo e ficar triste, um dia em que os cheiros e sons e imagens voltam para assombrá-la, um dia quando o inimigo de sua alma a tenta a crer que o sangue de Cristo é insuficiente para cobrir este pecado. E quero que você saiba que estou triste por você, pela perda de tudo aquilo que o inimigo roubou de você naquele dia, a falsa promessa de liberdade que ele lhe fez naquele dia, e pelas acusações que ele continua a lançar desde aquele dia, mesmo que você tenha confessado e se lamentado daquele pecado. Ele quer convencê-la de que você cometeu uma classe separada de pecado, quando na verdade, todos nós pecamos de forma digna do inferno. Ele quer evitar que você aceite e opere plenamente no perdão estendido por Cristo, aquele que comprou o seu perdāo. Ele quer continuar a arrastá-la de volta para baixo, para a crença de que sua ficha nunca mais poderia ser limpa, depois deste grande pecado.

Ao me lembrar de você, também me lembro do apóstolo Paulo, alguém que sabia o que é ter sido cúmplice de esmagar alguém que era inocente. É por isso, em parte, por que ele se referia a si mesmo como o “principal dos pecadores”? Como seria para ele se lembrar do dia em que cuidou das vestes enquanto uma multidão de homens procurava as maiores pedras que pudessem encontrar para atirar em Estevão, pedras grandes o suficiente para esmagar seu crânio? Será que o ruído dos ossos de Estevão se quebrando soava nos ouvidos de Paul anos mais tarde? Será que o cheiro da morte permanecia em suas narinas? Será que a visão do corpo ensangüentado e alquebrado de Estevão retornava em cores vivas à mente de Paulo? E será que a lembrança alguma vez ameaçou esmagá-lo sob um fardo de vergonha?

Naqueles dias, quando se chamava Saulo, embora fosse um especialista na lei de Deus, seus olhos ainda não tinham sido abertos para ver o resplendor da glória de Deus na pessoa de Cristo. Seus ouvidos não haviam sido abertos para ouvir a Cristo o chamando a abandonar seu antigo modo de vida. Seu coração não havia sido enternecido pela misericórdia de Deus, demonstrada a ele em Cristo. Ele se descreve e o que aconteceu desta forma: ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor, e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo Jesus” (1Ti 1.13-14).

E talvez isso a descreva também. Naquele dia, quando você foi abortar, você agiu por ignorância, na incredulidade. Você não acreditou, naquele dia, que Sua graça seria suficiente para capacitá-la a lidar com aquela criança. E assim você agiu em incredulidade. Mas agora, tendo clamado por isto, você recebeu misericórdia. A graça de Jesus transbordou para que você esteja embedida nela. Esta graça está produzindo fé onde antes havia incredulidade e amor onde antes havia uma determinação egoísta de viver a vida em seus próprios termos. Tal como a vida de Paulo, a sua se tornou uma vitrine para a graça de Deus para com pecadores arrependidos. E é uma coisa linda de se ver.

Portanto, minha irmã, ao você assistir a estes vídeos e ouvir estas conversas e refletir sobre a indignação e sobre os argumentos, e quando o peso da vergonha e do arrependimento se tornar tão pesado, a ponto de você se sentir como sendo a pessoa esmagada, estou orando para que você reforce sua dependência nas boas novas do evangelho. Houve alguém que se ofereceu voluntariamente para ser esmagado. Ele foi afligido. Seu corpo foi esmagado. Por quê? Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.(Is 53.5). Minha irmã, Jesus tomou sobre si o castigo que você merece, para que você possa viver em paz. Por ele ter sido ferido em seu lugar, você não tem que passar a vida toda como uma mulher ferida. Ao permanecer em Cristo, você está sendo curada.

Quando a sua alma estiver em angústia sobre o seu pecado, considere a angústia de outro e o propósito de Deus nele. “Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar ” (Is 53.10). Deus, o Pai determinou que seu próprio filho fosse esmagado. Por quê? Para que você não tivesse de ser esmagada. “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si” (Is 53.11). Você, minha amiga contrita, é uma dos “muitos”. Ele tomou sobre si a dívida que você devia pelo pecado e transferiu para sua conta, Sua própria justiça. E, evidentemente, ao ele olhar para o que o esmagamento de seu corpo e a angústia da sua alma realizaria em sua vida, e nas vidas de todos os que a ele pertencem, ele se sente quitado.

Finalmente, minha amiga, ao você continuar a lutar contra o acusador, que dia e noite procura amontoar condenação sobre voce por aquilo que você fez, quero assegurá-la que o dia dele está chegando. O dia está chegando quando aquele que mentiu para você e a levou por esse caminho escuro, será ele próprio esmagado. “E o Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés.” (Rm 16.20). Este não será um esmagamento cauteloso, mas sim um esmagamento completo e final. Este será o esmagamento que trará todo o mal deste mundo até o seu fim designado.

Naquele dia, você descobrirá que aquilo do que você se apropria hoje pela fé é realmente verdade; nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Oro para que você não tenha que esperar até aquele dia para experimentar a alegria e liberdade desta realidade. Oro para que você possa andar hoje mesmo como alguém que está plenamente perdoada. Porque realmente está.

Traduzido por Guilherme Cordeiro

Is there enough evidence for us to believe the Gospels?

In an age of faith deconstruction and skepticism about the Bible’s authority, it’s common to hear claims that the Gospels are unreliable propaganda. And if the Gospels are shown to be historically unreliable, the whole foundation of Christianity begins to crumble.
But the Gospels are historically reliable. And the evidence for this is vast.
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