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Encarando a Música, Encontrando a Missão

Havia algo inacabado incomodando minha mente.

Comecei a sentir isso no ano passado depois que eu terminei de reescrever a canção “Facing a Task Unfinished” [Encarando uma Tarefa Inacabada], mas veio à tona em janeiro. Ao longo dos últimos cinco anos nós começamos uma nova família e desfrutamos de oportunidades incríveis na música que nunca sonhamos—e, é claro, não merecemos. Tudo isso veio ao escrever músicas para a igreja. 

Mesmo assim, algo simplesmente não estava certo. 

Até que finalmente chegou: o dia tortuoso em que eu finalmente admiti para mim mesmo que, pouco a pouco, estávamos nos afastando daquilo que me propus a fazer no meu âmago — escrever hinos. Tempo e foco eram necessários para alimentar novos pensamentos, colaborações e sons. Era hora de encarar a música. Mal sabia eu que estava prestes a descobrir muito mais.

Conforme o céu clareava, o nosso foco mudou e ficou mais afiado, então começamos a colocar a caneta e a melodia em um novo projeto, Facing a Task Unfinished. (Você pode baixar gratuitamente as partituras das músicas “He Will Hold Me Fast”, “For the Cause” e “Facing a Task Unfinished”). Nos últimos cinco anos só tínhamos conseguido escrever um par de canções a cada ano com as quais estávamos muito satisfeitos, contrastando com os anos inciais de autoria. Mas nos primeiros três meses deste ano havíamos escrito oito novas canções—um testamento para a nova perspectiva.

Em retornar a este chamado, comecei a perceber quatro coisas que revigoraram a nossa causa.

1. A Canção Necessita da Missão

Nunca houve tantas canções escritas como na última geração. E mesmo assim nunca vimos uma tamanha falta de paixão em canções para missões. Poucas canções de adoração falam em compartilhar nossa fé de maneira focada. Conforme nos envolvíamos com este projeto e com as organizações missionárias, ouvimos um grito desesperado por mais canções sobre missões.

Na última década, o cristianismo, aparentemente, tornou-se mais privatizado. Os cristãos são quase apologéticos sobre sua fé; infelizmente, as nossas músicas têm seguido o exemplo. Nós já não cantamos “Mensagem ao Mundo” (HASD 327) ou “Go Forth and Tell, Oh Church of God, Awake!” [Vá em Frente e Declare, Ó Igreja de Deus, Despertai!] Talvez haja uma percepção de ofensa, sobretons militantes, arrogância, ou qualquer outras desculpas.

Mas se não estamos cantando sobre essas coisas, há uma boa chance de que não estamos pensando nelas. Nós não estamos tão emocionalmente ligados a elas como poderíamos estar. Nós somos menos propensos a discuti-las, menos propensos a orar sobre elas.

Ou chorar por elas.

Por quê? Porque o modo como nós cantamos afeta o modo como vivemos. Cantar é uma fundação intelectual chave para a forma como pensamos, sentimos e oramos. E, assim, ela molda as decisões que fazemos momento a momento, decisões que forjam nosso caráter, o nosso testemunho, nosso legado, e, finalmente, tudo do que vamos um dia prestar contas diante de Deus.

Quando eu cantei pela primeira vez “Facing a Task Unfinished” eu estava profundamente envolvido no evangelismo estudantil. Então, quando eu reconectei com a canção depois de muitos anos, eu a achei desconfortável de cantar. Fez-me lembrar de um tempo em minha vida quando eu estava mais animado para compartilhar minha fé. Aquilo foi difícil de engolir. 

Nossas músicas e nossos músicos devem ser missionários. Assim, muitos coros de igreja e departamentos de música tem morrido (ou causado dano irreparável) porque eles tornam-se mais animados com a música do que com a missão. Não tem que ser assim. 

Nossa música deve nos impulsionar para a missão.

2. A Missão Necessita da Canção

Kristyn e eu vivemos nos Alpes Suíços durante nosso primeiro ano de casamento, durante a qual fomos convidados a liderar um evento de louvor pela primeira vez. O convite veio da MedAir, uma organização de pilotos profissionais talentosos que viajam para as regiões mais devastadas pela guerra no mundo, oferecendo sua ajuda para aqueles nas mais terríveis circunstâncias. Eles testemunham a humanidade no seu pior — a vida no seu ponto mais descartável.

O retiro estava destinado a ser um tempo de descanso e refrigério para estes heróis em um ano que tinha sido particularmente difícil. Então, ingenuamente, perguntei se eles queriam que nós fizéssemos algo divertido, talvez até mesmo um concerto. Eles disseram que não. O que eles realmente queriam era usar o seu tempo estudando as Escrituras e cantando hinos. Esses crentes profundos desejavam cantar a partir das profundezas de seu ser. 

Uma das maneiras que podemos nos tornar mais missionários é cantando juntos com paixão. No ano passado, um dos caras em nosso escritório nos mostrou alguns vídeos de canto entre os crentes chineses. A paixão dessas igrejas secretas é extraordinária.

Desde o liderar nossas familias em nossas casas até o plantar de igrejas, precisamos estar construindo comunidades que cantam que irão, por sua vez, nos impulsionar para a missão. 

3. A Música Global Revitaliza Minha Alma Artística

Artistas pintam com as cores que lhes são dadas. E escrever para a igreja é uma coisa curiosa, uma vez que existem tantas opções. O CCLI sozinho tem mais de 300.000 canções para se escolher. Assim você objetiva escrever melodias e letras que são únicas, mas também simples o suficiente para que as pessoas compreendam e cantem. É um nicho distintivo; e depois de um tempo, o que você escreve pode começar a soar comum. Eu costumava lutar muito com esse desafio. 

O projeto Facing a Task Unfinished abriu meus ouvidos e voz a novos sons a partir de uma perspectiva global. Eu me senti como um pintor testemunhando algo inteiramente novo, como se tivesse sempre pintando a costa da Irlanda e, de repente, estivesse exposto aos contornos deslumbrantes do Grand Canyon. 

Este álbum é pintado com uma paleta global. Nós trabalhamos com o lendário baixista de jazz John Patitucci, que esteve envolvido no Center for Global Music, em Berkeley, e fez nove álbuns com Chick Corea. Nós também fomos apresentados a música folk europeia e escandinava oriental. Nós brincamos com a música do Oriente Médio e sons indianos. Nós trabalhamos com músicos regionais chineses incríveis. Fizemos experiências com ritmos africanos e latino-americanos, até tivemos o privilégio de trabalhar com Ladysmith Black Mambazo. E com numerosas novas relações em Nashville, que também colaboraram com compositores contemporâneos de louvor como Chris Tomlin, Jonas Myrin e Nathan Nockels.

A música mundial nos deu um som novo—uma paleta fresca com a qual pintar, a capacidade de experimentar coisas diferentes em um nível artístico. 

4. A Música Global Revitaliza Minha Alma Espiritual

Se estas coisas são verdadeiras artisticamente, são ainda mais verdadeiras espiritualmente. Este projeto permitiu-me envolver com igreja global de Deus. É decepcionante receber cartas e e-mails de crentes ao redor do mundo, de Cuba, China, Oriente Médio e de outros lugares — que desejam simplesmente cantar um hino com a gente. Mais preocupante, o hino “Facing a Task Unfinished” foi escrito, exatamente da mesma forma como muitas dessas igrejas nasceram — de uma perseguição horrível. 

Mas tal consciência global também é vivificante e inspiradora. Cada um de nós tem o privilégio de se envolver com o que Deus está fazendo no mundo de hoje. Através destas canções, nós estamos cantando com os seguidores de Cristo de cada nação e língua, todos os talentos e ocupações.

Nós celebramos com eles, e com você, enquanto nos esforçamos para cantar sobre a tarefa inacabada diante de nós — o convite a todas as pessoas a vir e experimentar a graça incompreensível de nosso Salvador incomparável.

Nota do redator: Facing a Task Unfinished é o mais recente álbum dos escritores de hinos modernos Keith e Kristyn Getty (mais conhecidos pela canção “Só em Jesus”). O álbum, que promove canto congregacional e missões segue o exemplo do “maior hino sobre missões” já escrito, “Facing a Task Unfinished”. Reescrito a partir de sua versão original de 1931, o chamado urgente da canção impulsionou indivíduos, famílias e igrejas a testemunhar globalmente. Neste álbum de estúdio apresenta a banda do Gettys, canto congregacional ao vivo e sons globais novos, bem como participações de Ladysmith Black Mambazo, Fernando Ortega, John Patitucci, Chris Tomlin e artistas de todo o mundo. Para mais informações visite www.GettyMusic.com.   

 

Traduzido por Marq

Is there enough evidence for us to believe the Gospels?

In an age of faith deconstruction and skepticism about the Bible’s authority, it’s common to hear claims that the Gospels are unreliable propaganda. And if the Gospels are shown to be historically unreliable, the whole foundation of Christianity begins to crumble.
But the Gospels are historically reliable. And the evidence for this is vast.
To learn about the evidence for the historical reliability of the four Gospels, click below to access a FREE eBook of Can We Trust the Gospels? written by New Testament scholar Peter J. Williams.
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