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Dez Princípios Sobre Parto e Nascimento pela Cosmovisão Cristã

Como seguidora de Jesus e em minha experiência de parteira voluntária e mãe de quatro filhos, houve momentos em que me pediram para explicar a perspectiva cristã sobre parto e nascimento. Na cidade global onde moro no Oriente Médio, vejo diferentes cosmovisões colidirem em relação a todos os temas existentes debaixo do sol. Parto e nascimento não são exceções. Considero um privilégio poder falar com mulheres de diferentes religiões, ensinando o evangelho enquanto respondo a suas perguntas sobre o que a Bíblia diz a respeito de concepção e dores do parto.

No contexto de minha igreja local, também tive oportunidade de encorajar mulheres cristãs. Conversamos sobre como a Escritura renova nossas mentes, trata nossos equívocos e expõe os falsos evangelhos. Nós adoramos a Deus em conjunto, e Ele sensibiliza nossos corações com esse incrível cenário de graça.

Aqui estão 10 princípios (não-abrangentes) sobre parto e nascimento, numa perspectiva bíblica:

1. Dar à luz (nova vida física) é uma evidência da misericórdia de Deus.

Deus teria sido perfeitamente justo se não permitisse que Adão e Eva vivessem depois que pecaram contra Ele, no Éden. Desde então, todos nós nascemos em pecado e merecemos a morte, por causa do nosso pecado (Sl 51.5). 

A vida é, então, um presente precioso do nosso Deus santo. Nossa atitude, em resposta deve ser de sincera gratidão e humildade.

2. Deus incumbiu Adão e Eva de serem fecundos e se multiplicarem (Gn 1.28), mas em Sua sentença, disse que iria “multiplicar sobremodo” as dores da gravidez (Gn 3.16).

Sobre essa questão (em oposição a algumas filosofias de concepção), a dor do parto de uma mulher é diferente da de animais, alheios à moral.

3. As dores do parto são uma parte específica da sentença de Deus sobre Eva por causa do pecado dela (Gn 3.16), e aponta para a nossa necessidade de um Salvador.

Mas gravidezes dolorosas e mortalmente perigosas não são a palavra final de Deus, pois Ele prometeu um Salvador (Gn 3.15)! A dor que experimentamos na gravidez é um chamado ao arrependimento e à fé, como um letreiro de néon cintilante apontando para a cruz, onde Jesus sofreu em nosso lugar para nos livrar da ira de Deus (Rm 5.9). 

4. Todas as mulheres, e os bebês que nascem através das dores do parto, são recipientes da graça comum e imerecida de Deus.

Todos nós deveríamos nos regozijar com o triunfo divino da vida sobre a morte no parto, mesmo que vivamos em um tempo ou lugar no qual gravidezes e partos seguros são mais comuns do que o contrário. Além disso, entendemos que todas as pessoas, em todos os lugares, que nascem do Redentor, “nascido de mulher” (Gn 3.15; Is 7.14; Gl 4.4; 1Tm 2.15) são recipientes da imerecida graça salvadora de Deus. Que maravilhoso amor!

5. Jesus é o nosso Redentor.

Surpreendentemente, nosso Redentor veio a este mundo como todos nós – por meio da sentença das dores de parto. Por causa do Seu sacrifício na cruz, agora temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua graça (Ef 1.7). Não é nossa fertilidade que nos traz redenção nem perdão.

6. Nós não “confiamos na “fertilidade” nem em nossos corpos; depositamos nossa confiança no Deus vivo, em cujas mãos está a alma de todo ser vivente e o espírito de todo o gênero humano (Jó 12.10).

O próprio Senhor é o nosso refúgio (Sl 18.1,2), e não alguma instrução, experiência, pessoa, livro, habilidade, método ou plano.

7. Deus é o Criador de tudo, inclusive do parto.

Desde a eternidade passada, Deus determinou as palavras de Jesus a Nicodemos, naquela noite: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).

Poderíamos deduzir que uma das razões pelas quais Deus criou o parto foi para que pudéssemos ter uma imagem que nos ajudasse a entender o que significa ser convertido: Ser chamado das trevas para Sua maravilhosa luz. “Segundo a Sua muita misericórdia, nos regenerou [nascemos de novo] para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”, Pedro declara, “pois fostes regenerados [nascemos de novo] não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1Pe 1.3,23). 

8. Tanto o parto natural quanto a cesárea não são realizações mais humanas do que o é o ato de receber a misericórdia de Deus.

Todos nós nos gloriamos somente em Cristo; Ele merece todo louvor, em todos os momentos, em todas as circunstâncias.

9. A metáfora flexível das dores do parto aparece em toda a Escritura.

Em um determinado lugar, o apóstolo Paulo a usa para explicar como o nosso sofrimento produz glória futura. Os cristãos esperam a libertação final do pecado e da morte; no entanto, neste momento, gememos interiormente [como em dores de parto], ao sofrermos com Cristo, “para que também sejamos glorificados com Ele”. Por causa desta esperança, nossos sofrimentos “não podem ser comparados com a glória que há de ser revelada em nós” (Rm 8.17–25; cf. 2Co 4.16–18). 

Em outras palavras, a alegria da vida da ressurreição supera a dor que passamos para alcançá-la. Esta é ainda outra maneira pela qual o processo do parto nos direciona a Cristo. 

10. Jesus foi crucificado em nosso lugar, pelos nossos pecados, de acordo com o determinado desígnio e presciência de Deus.

Deus O ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse Ele retido por ela (Atos 2.22–24). Sempre que uma mulher ou uma criança é vencida pela morte no processo de parto, nos afligimos profundamente. A dor e a morte não são “fatos aprazíveis” da vida. Mas nós não nos entristecemos como aqueles que não têm esperança, porque o dia está chegando, no qual Aquele que superou as dores da morte vai trazer de novo à vida aqueles que dormem (1Ts 4.13,14). Todos os nossos gemidos cessarão quando finalmente virmos o que temos esperado, quando a consumação da restauração prometida por Deus irromper por completo (Rm 8.23–25). 

Traduzido por João Pedro Cavani

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