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Caixa de Ferramentas do Pregador: Quão Longos Devem Ser Meus Sermões?

Nota dos editores: “A Caixa de Ferramentas do Pregador” é uma nova série mensal que procura responder a questões relacionadas com a pregação. Se você tem uma pergunta relacionada à pregação ou algum assunto que você gostaria que respondêssemos, envie um e-mail para [email protected]. Recentemente, lançamos um projeto de pregação expositiva, para o qual os pastores do Conselho TGC irão preparar recursos educacionais gratuitos sobre pregação expositiva, tanto em vídeo quanto impressos, em seis idiomas estratégicos. Estamos em oração, buscando levantar 150 mil dólares para financiar o projeto. Para doar, clique aqui e escolha “Pregação Expositiva” [Expository Preaching] na lista designada.

Anteriormente: 

Como Preparo Meu Coração Para Pregar? (Kent Hughes)
O Que Devo Pregar da Próxima Vez? (Julius Kim)
Como Lidar Com o Funeral de Um Incrédulo? (Phil Newton)
Como Pregar Sermões Expositivos Usando o Livro de Provérbios? (Dan Doriani)
Devo Aprender Hebraico e Grego, ou ter Software Bíblico é Suficiente? (Kevin McFadden)


Até Quando, ó Senhor?

Este lamento ecoa em meio aos Salmos, aparece em Habacuque, repete-se no Apocalipse — e permeia as mentes distraidas de paroquianos, obrigados a padecer sob a pregação do pastor, quando esta excede o ponto de eficácia. Após uma semana de preparação, manifestações de dor e perplexidade não são a resposta que um pastor espera quando prega seu sermão.

Quão Longo é Longo Demais?

Quão longo deve ser um sermão? Como professor de pregação e pastor, já me perguntei e fui questionado sobre isto, uma centena de vezes. Hoje, após 35 anos no ministério, tenho uma resposta definitiva: Podemos continuar pregando, desde que mantenhamos a atenção dos ouvintes.

Obviamente (embora talvez não tão obviamente para todos), esta regra significa que alguns pregadores são capazes de pregar por mais tempo do que outros, não por causa de mera dádiva natural, mas por causa da fidelidade a técnicas bíblicas e a técnicas práticas, que não são nem um pouco contraditórias. Na verdade, elas andam de mãos dadas. Por um lado, muitos pregadores têm consolado a si mesmos que as suas igrejas estão cheias de pessoas que têm comichão nos ouvidos e, por outro lado, se orgulhado de que eles não comprometem a verdade, quando na realidade, tudo o que têm feito é pregar a Palavra de Deus deficientemente.

Embora tais situações certamente existam, (e aprecio de coração um fiel pregador que amorosa e habilmente prega a Palavra àqueles que têm corações frios e indiferentes), não devemos ser tão rápidos para presumir que o problema reside exclusivamente nos ouvintes, sem nenhuma responsabilidade do púlpito.

Para evitar ser mal-interpretado, não estou defendendo sermões mais curtos. Em linhas gerais, acredito que muitas igrejas precisam dedicar mais tempo à pregação, e não menos. A pregação da Palavra é o ato central de culto da igreja reunida. O analfabetismo bíblico difundido entre cristãos professos, não diminuirá caso pastores encurtam sua exposição, nem mudará caso preguem sermões mais longos e maçantes.

Chaves Para o Engajamento do Ouvinte

Como podemos pregar melhor e ainda nos darmos ao luxo de pregarmos sermões mais longos? Pregadores fiéis que desejam também ser interessantes, devem aprender quatro movimentos chave para pregar o tipo de sermão que ajuda os ouvintes a permanecem engajados.

1. Preencha o seu sermão com substância bíblica.

Talvez seja contraintuitivo, mas a maneira de manter a atenção dos membros da igreja desligados, não é alimentá-los com uma dieta constante de algodão doce espiritual. Pode ser doce ao paladar, mas não tem valor nutritivo. Se for em excesso eles ficarāo doentes. 

A Palavra de Deus no final das contas, deve mantê-los interessados. Não simplifique demais; Exponha! Cristo prometeu que quando Ele é levantado, Ele os atrairá para si mesmo. Então, aponte para Cristo em texto e tipo, em redenção e em relacionamento. 

2. Prenda a atenção deles.

Após dominar o conteúdo de seu texto, desenvolva o sermão pensando em nível de percepçāo. Encontre uma maneira de atrair o interesse dos ouvintes já no início. Pedro fez isso no dia de Pentecostes. Paulo o fez no Areópago. Ezequiel fez isso ao construir uma cidade-modelo e sitiá-la. Jesus o fez na Galileia com oito promessas de bem-aventurança. Jonathan Edwards fazia isso. Charles Spurgeon fazia isso. 

Ouça os pregadores que você admira e perceba como eles adornam o evangelho com uma entrega instigante e envolvente.

3. Teça a aplicação pessoal na explanação bíblica.

O sermão de Pedro em Atos 2 levou seus ouvintes a perguntarem: “O que faremos”? Explanação sem aplicação leva à frustração. Conteúdo sem convicção gera tédio. O poder inerente da Palavra e do Espírito demanda resposta, arrependimento e renovação. Sem isto, o seu sermão poderá se tornar um mero jogo de trivialidades sobre a Bíblia.

4. Desenvolva uma sensibilizaçāo em relaçāo à congregaçāo, sempre discernindo o quão bem eles estão prestando atençāo.

Responda à inquietação de sua congregação com energia, enfoque e o entusiasmo sobre o texto. Sua voz os está embalando a dormir? Mude o tom de voz, o ritmo e o volume. Deixe que a Palavra que o saturou durante seu tempo de estudo, transborde para os que estāo nos bancos da igreja.

Pode ser que você pregue como alguém que conhece a Palavra, mas você prega como alguém que ama a Palavra? Eles prestarāo mais atençāo — e por mais tempo.

Cansativo ou Desejando Mais?  

As palavras de Spurgeon sobre este tema são sábias e representam um excelente resumo para o assunto:

O sermão que as pessoas percebem como cansativo é demasiado longo; e o sermão, mesmo que seja muito longo, não é longo demais, se as pessoas ainda desejam que continue.

Amém. Que Deus nos dê a sabedoria e a humildade para irmos e fazermos o mesmo.

 

Traduzido por Raul Flores

Is there enough evidence for us to believe the Gospels?

In an age of faith deconstruction and skepticism about the Bible’s authority, it’s common to hear claims that the Gospels are unreliable propaganda. And if the Gospels are shown to be historically unreliable, the whole foundation of Christianity begins to crumble.
But the Gospels are historically reliable. And the evidence for this is vast.
To learn about the evidence for the historical reliability of the four Gospels, click below to access a FREE eBook of Can We Trust the Gospels? written by New Testament scholar Peter J. Williams.
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