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3 Maneiras de Aproveitar ao Máximo a Oração em Grupo

Na semana passada compareci ao nosso pequeno grupo da igreja na sala de estar de um membro. Conforme todos chegavam, nos organizamos em um círculo: em cadeiras, sofás, bancos, e até mesmo no chão. Depois de alguns minutos, o líder começou a reunião perguntando, “Ok, quais os itens que temos para a oração?” As pessoas destamparam suas canetas e anotaram na parte de trás da folha do estudo semanal, enquanto vários membros compartilhavam seus pedidos. Em seguida, oramos juntos sobre eles.

Tenho certeza de que este é um cenário familiar para muitos de nós. Normalmente começamos os nossos tempos de oração identificando sobre o que vamos orar. Isto é bom. A oração é uma atividade com conteúdo, o catequismo menor de Westminster a chama de “um oferecimento dos nossos desejos a Deus”, e temos de reconhecer algo que desejamos, antes de podermos pedir por isto.

Especialmente em grupo, onde nosso objectivo é a oração unificada de todos os corações, a direção na qual seguir é particularmente útil. Aqui olharemos para três abordagens: a escolha de um único tópico, orar sistematicamente sobre os itens de uma lista, ou receber pedidos de cada pessoa. Estes formatos não são mutuamente excludentes; já participei de muitas reuniões de oração que alocam tempo para todos os três, mas cada um tem seu valor, ao lançarmos juntos nossos fardos sobre o Senhor.

1. Orar Juntos com Foco Único

Primeiro, podemos escolher com antecedência um foco único pelo qual orar juntos. Esta opção nos permite desenvolver este tópico mais plenamente na oração e em conjunto, investirmos nossos corações mais profundamente na causa. Na seleção de nosso tema, devemos sempre nos lembrar que o próprio Deus estabelece as prioridades para nossas orações. Chegamo-nos ao sagrado, àquele que estabelece seu reino, ao provedor do pão, ao perdoador de pecados, ao derrotador de Satanás (Mt 6.9-13), pedindo a Ele para fazer aquelas coisas nas quais Ele tem prazer de fazer.

No âmbito deste quadro, podemos identificar uma necessidade particular, muitas vezes um fardo que nós naturalmente compartilhamos com aqueles com quem oramos. Por exemplo, podemos optar por nos dedicar a orar juntos por:

igrejas serem plantadas em um lugar específico,
uma pessoa em particular vir a Cristo e ser salva,
um irmão ou irmã cristão doente ser curado,
certos pecados difundidos em nossa comunidade serem confessados e abandonados,
ou os nossos irmãos e irmãs perseguidos serem vindicados.

2. Orar Juntos Seguindo Uma Lista Abrangente

Em segundo lugar, podemos orar juntos de uma forma sistemática por múltiplas oportunidades para o evangelho, igrejas e indivíduos. Ao longo de todas as Epístolas do Novo Testamento, os apóstolos e as igrejas deliberada e constantemente “lembram” uns dos outros em oração (Ef 1.16; Cl 4.18; 1Ts 1.2-3; 2Tm 1.3; Fp 1.4; Fm 4; Hb 13.3). Mas, infelizmente, muitas vezes nos esquecemos de orar por certas coisas, permitindo que as situações mais urgentes ou mais familiares ocupem nosso tempo de oração.

Para nos recordarmos, podemos usar diretórios ou listas para orarmos juntos por cada um dos:

membros de nossa igreja local;
residentes, funcionários, estudantes ou voluntários nos locais onde vivemos ou trabalhamos;
igrejas em nossa comunidade ou de nossa denominação;
autoridades civis de nossa cidade, município, estado e nação;
missionários apoiados por nossa igreja local ou que trabalham para uma organização em particular;
nações do mundo e a Igreja nessas nações.

3. Orar Juntos Conforme Surgem as Necessidades

Finalmente, podemos orar juntos por pedidos pessoais dos membros do grupo. Orando juntos uns pelos outros; suportando os fardos uns dos outros e nos alegrando em suas bênçãos (Gl 6.2; Rm 12.15), produzimos o fruto do amor mútuo. E, a fim de orarmos uns pelos outros, temos de conhecer nossas necessidades. Recentemente tive uma conversa com uma mulher que relutava em pedir a seu grupo de estudo bíblico para orar sobre uma preocupação significativa em sua vida. “Cada vez que solicitam pedidos”, ela me disse, “eu quase começo a dizer alguma coisa. Mas aí eu paro. Talvez na próxima semana.”

Por mais que às vezes possamos nos sentir desconfortáveis, humilhados ou expostos ao compartilhar nossas necessidades de oração, podemos nos lembrar que nossos pedidos irão permitir que outros nos tragam perante o trono, e que, como resultado, o nosso relacionamento com eles se aprofundará. O próprio apóstolo Paulo frequentemente incluía pedidos pessoais de oração em suas cartas: para que lhe fossem dadas oportunidades evangelísticas (Cl 4.3), para que ele pudesse visitar os crentes tessalonicenses (1Ts 3.10), para que seu ministério tivesse sucesso (2Ts 3.1), e para que ele pudesse ver seu amigo Filemon (Fm 1:22). Se Paulo não hesitava em pedir oração, nós também não devemos hesitar.

Por sua vez, devemos receber as preocupações reais dos outros com amor. Pecadores salvos pela graça não têm espaço para falso moralismo. E até mesmo pedidos imperfeitos ou imaturos são uma oportunidade para carregarmos os fardos de irmãos e irmãs de Cristo. Não sejamos como os discípulos que achavam que as necessidades das crianças pequenas eram demasiadamente insignificantes para a oração de Jesus. Sejamos como Jesus, que viveu de acordo com o reino eterno e orava ardentemente por seus membros mais fracos (Mt 19.3-15).

Orar Juntos com Confiança

Quer oremos juntos com um foco específico, ou um plano sistemático, ou de acordo com as solicitações dos outros, a nossa tarefa parece enorme. Nunca poderemos orar juntos por tudo. O vasto número de tópicos para oração pode sobrecarregar rapidamente um único par de amigos ou um pequeno punhado de colegas de trabalho, que inclinam suas cabeças brevemente numa manhã de sexta-feira.

Mas podemos nos encorajar! Nossas orações são apenas uma gota preciosa naquela taça celeste, que contém todas as orações do povo de Deus, desde Adão até agora (Ap 5.8). Nossas orações são apenas uma nota naquele gemido divino que o Espírito pronuncia diante do Pai (Rm 8.26). E nossas orações são apenas um “Amém” para a petição perfeita que o Filho nunca pára de orar em nosso nome (Hb 7.25). Nossas próprias listas de oração estão sempre aquém do ideal, mas os pedidos diante do trono nunca estão.

Irmãos e irmãs, apesar de nossas fraquezas e falhas, diante do Pai, pela ajuda do Espírito e através do sangue do Filho, cada pedido pelo qual oramos juntos, é um meio de Deus realizar seu propósito perfeito no mundo.

Nota do Editor: Este trecho é uma adaptação do novo livro de Megan Hill, Praying Together: The Priority and Privilege of Prayer: In Our Homes, Communities, and Churches (Crossway, 2016) [Orando Juntos: A Prioridade e o Privilêgio da Oraçāo: Em Nossos Lares, Comunidades e Igrejas]. Praying Together está sendo lançado em conexão com a Iniciativa das Mulheres da TGC.

Traduzido por Marq

Is there enough evidence for us to believe the Gospels?

In an age of faith deconstruction and skepticism about the Bible’s authority, it’s common to hear claims that the Gospels are unreliable propaganda. And if the Gospels are shown to be historically unreliable, the whole foundation of Christianity begins to crumble.
But the Gospels are historically reliable. And the evidence for this is vast.
To learn about the evidence for the historical reliability of the four Gospels, click below to access a FREE eBook of Can We Trust the Gospels? written by New Testament scholar Peter J. Williams.
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