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10 Coisas que Devemos Saber Sobre a Encarnação

24 de dezembro de 2016

No coração do cristianismo e do evangelho estão a pessoa e a obra de nosso Senhor Jesus Cristo. Fora do “Verbo que se fez carne” (Jo 1.14) e do Filho encarnado de Deus, que viveu e morreu em nosso lugar como nosso Salvador, não há salvação. Fora da vinda do Filho eterno, que assumiu natureza humana e agiu como nosso representante da aliança, não há nenhuma esperança para o mundo.

É conveniente, no Natal, pensar mais profundamente sobre a encarnação. Aqui estão 10 coisas que deveríamos compreender.

1. A pessoa ou sujeito ativo da encarnação é o Filho eterno.

João 1.14 é claro: “O Verbo se fez carne”. Em outras palavras, foi o eterno Filho que se encarnou, não a natureza divina. O Filho, que está em relação eterna com o Pai e o Espírito, voluntariamente se humilhou e optou por assumir uma natureza humana, em obediência ao Pai e para nossa salvação (Fp 2.6-8).

2. Como o eterno Filho, a segunda pessoa da Trindade, ele é a plena imagem e expressão do Pai, e é, portanto, plenamente Deus.

Junto com o Pai e o Espírito, o Filho compartilha plena e igualmente da natureza divina. Como a imagem e correspondência exata do Pai (Colossenses 1.15; Hebreus 1.3), o Filho é plenamente Deus. Todas as perfeições e atributos de Deus são de Cristo, visto que ele é o Filho de Deus (Cl 2.9). Como o Filho, ele participa do reinado divino, recebe o culto divino, e faz todas as obras divinas como o Filho (Sl 110.1; Ef 1.22; Fp 2.9-11; Cl 1.15-17; Hb 1.2-3; Ap 5.11-12).

3. Como Deus o Filho, ele sempre existiu numa relação eternamente ordenada com o Pai e o Espírito, que agora é gloriosamente exibida na encarnação.

É apropriado que só o Filho, que vem do Pai e pelo Espírito, se encarnasse, em vez das outras pessoas divinas (Jo 1.1-2,14,18). Na encarnação, o Filho mostrou sua dependência divino-filial do Pai e sempre agiu em relação ao Pai pelo Espírito (Jo 5.19-30; Mc 1.12; Lc 4.1-21). Desde a eternidade e na encarnação, o Filho nunca agiu por conta própria ou de forma independente, mas sempre em relação e inseparavelmente do Pai e do Espírito.

4. A encarnação é um ato de adição, não de subtração.

Na encarnação, o Filho eterno, que sempre possuiu a natureza divina, não mudou ou deixou de lado sua divindade. Em vez disso, ele adicionou para si mesmo uma segunda natureza, ou seja, uma natureza humana que consiste em um corpo humano e alma (Fp 2.6-8.). O resultado: o Jesus indivíduo é uma pessoa, o Filho, que agora subsiste em duas naturezas, e, portanto, é totalmente Deus e totalmente homem.

5. A natureza humana assumida pelo Filho divino é completamente humana e completamente sem pecado.

A natureza humana de Cristo não era caída ou manchada pelos efeitos do pecado. Nossa inclinação inata para rebelião contra Deus não fazia parte da constituição humana de Jesus. Jesus experimentou totalmente os efeitos de viver em um mundo caído, mas ele não compartilhou da culpa ou da disposição para o pecado de Adão, que foi passado para a raça humana. Na verdade, Jesus nunca cometeu um pecado, e nem poderia (Mt 3.15; Jo 8.46; Hb 4.15; 7.26; 1Pe 1.19). Embora ele tenha sido tentado tal como nós, obedeceu perfeitamente a seu Pai, até a morte, como nosso mediador da aliança, realizando assim a nossa salvação como o homem Jesus Cristo (1Tm 2.5; Hb 5.5-10).

6. A concepção virginal foi o meio glorioso pelo qual a encarnação ocorreu.

A encarnação foi completamente sobrenatural, e foi uma demonstração da iniciativa soberana e graciosa do nosso Deus triúno para redimir o seu povo (Mt 1.1-25; Lc 1.26-38). A concepção virginal foi o tempo e o meio pela qual o Filho divino acrescentou para si mesmo uma natureza humana. Pela concepção virginal, o Deus triuno criou uma nova natureza humana para o Filho, e como resultado desta ação, em Jesus encontramos verdadeiramente a Deus face-a-face, não habitando ou obscurecendo um corpo humano, mas em glória plena e sem ofuscaçāo. Embora vejamos a Jesus como um homem, ele é muito mais; ele é o Senhor, o Filho divino que se humilha e encobre sua glória, tornando-se um conosco.

7. Desde a concepção, o Filho limitou sua vida divina de tal forma que ele não excedeu as limitações de sua natureza humana.

Como resultado da encarnação, o Filho divino vive como um verdadeiro homem, com os atributos e capacidades físicas, mentais, volitivas e psicológicas normais da humanidade original. Como o Filho encarnado, ele vivenciou as maravilhas e as fraquezas de uma vida completamente humana. Ele cresceu em sabedoria e estatura física (Lc 2.52), vivenciou lágrimas e alegrias, e foi posto à morte e vivenciou uma ressurreição gloriosa para a salvação de seu povo (João 11.33, 35; 19.30; 1Co 15.3-4).

8. Mas o Filho não se limitou somente à sua natureza humana, uma vez que continuou a agir por e através de sua natureza divina.

Esta verdade é melhor demonstrada pelo Filho encarnado continuar a sustentar o universo (Cl 1.16-17; Hb 1.3), ao lado de outras ações divinas de Cristo durante sua vida e ministério. Em Cristo, há duas naturezas que permanecem distintas e retêm seus próprios atributos e integridade, mas o Filho é capaz de agir através de ambas as naturezas. Por esta razão, o Filho não está completamente delimitado por sua natureza humana; ele também é capaz de atuar fora dela em sua natureza divina.

Quando e como o Filho atua através de ambas as naturezas é melhor explicado em termos de relações trinitárias estabelecidas na história da redenção, para a nossa salvação. O Filho, que sempre agiu inseparavelmente do Pai e pelo Espírito, continua a fazê-lo, mas agora como o Filho obediente agindo como nosso representante e substituto da aliança. Na encarnação, nem a divindade, nem a humanidade do Filho sāo diminuídas.

9. Ao assumir nossa natureza humana, o Filho tornou-se o primeiro homem da nova criação, o nosso grande mediador e o cabeça da nova aliança.

Como o Filho encarnado, nosso Senhor Jesus Cristo, em sua vida, morte e ressurreição, inverte o trabalho do primeiro Adão e avança como o último Adão, nosso grande pioneiro e defensor (Hb 2.10). Como resultado da encarnação, o Filho de Deus se torna perfeitamente qualificado para atender todas as nossas necessidades, especialmente a de perdão de pecados (Hb 2.5-18; 7.22-28; 9.15-10.18).

10. O Deus Filho encarnado é absolutamente único, e somente ele é Senhor e Salvador.

Jesus está numa categoria única. Considerando quem Deus é, em toda a sua glória e perfeição moral, e o que é o pecado diante de Deus, fora da encarnação do Filho e toda a sua obra por nós, não há salvação (Jo 14.6; Atos 4.11).

Como o Filho divino, só ele satisfaz a sentença de Deus contra nós e a demanda de Deus por perfeita obediência (Rm 5.12-21).

Como o Filho encarnado, só ele pode se identificar conosco como nosso representante e substituto (Hb 5.1).

Nossa esperança de salvação para o pagamento do nosso pecado e nossa restauração completa como portadores da imagem de Deus só é realizada em Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 3.21-26; Hb 2.5-18).


Nota do editor: Este artigo foi publicado originalmente no Blog da Crossway. 

Traduzido por Joāo Pedro Cavani

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